De maio de 2012 para cá me foquei em escrever. Ainda trabalho com preparação, revisão e leitura crítica, mas dedico grande parte do tempo para escrever e trabalhar em minhas histórias.
Quando termino um livro sei que é só o início. Apesar de meu modo de escrita já ter muita revisão durante o processo, ainda faço muitas, além de todo o resto que conhecemos bem.
Não basta deixar as palavras explodirem pelos dedos. Essa, talvez, seja a parte mais fácil.
Desde meus livros de fantasia, sempre que termino uma história digo: “Agora ficarei pelo menos dois meses sem pensar em um novo livro.”
Ledo engano. Quando os personagens me deixam descansar quinze dias é muito.
Não posso reclamar. Gosto desse ritmo. Amo essa vida. Sou apaixonada por escrever. Sou comprometida com criar novas histórias. Meu encantamento acontece quando letras se tornam palavras, que compõem frases, que enchem páginas e nos dão uma história.
Escrever, para mim, é quase como cozinhar. Não, não sou doida. Ok, talvez um pouco.
Escrever é misturar sentimentos e vivências de pessoas diferentes (personagens), colocá-los em conflito, apurar as reações e apreciar as consequências, recheadas de outros ingredientes especiais. Depois, é o momento de pedir para que os primeiros “provadores” digam se a consistência está no ponto, se o sabor é bom e se o conjunto é capaz de agradar. Em seguida, quando pensar que o preparo terminou, deixe descansar por mais tempo para confeitar com delicadeza, tomando o cuidado de deixar o produto final atrativo aos olhos e pronto para aquecer um coração.
Ao concluir, com lágrimas nos olhos e sensação de dever cumprido, me permito apreciar o resultado, enquanto retoco aqui e ali, esperando que não demore muito para que todos possam provar um bocadinho desta nova história.